ABSTRACT
OBJETIVOS: Conhecer o aproveitamento da histeroscopia para pacientes de um hospital de ensino no nordeste brasileiro.MATERIAL E MÉTODOS: Os autores realizaram uma revisao de 250 prontuários, aleatoriamente selecionados dentre todas (665) pacientes submetidas à histeroscopia durante 1994 e 1995.RESULTADOS: Nossa casuística mostrou-se concordante com a literatura, apontando entre as indicaçoes mais freqüentes: sangramento uterino anormal (SUA) e infertilidade - 59,6 por cento e 22,8 por cento, respectivamente. Observamos que a distribuiçao dos achados histeroscópicos variou de maneira coerente ao tipo de infertilidade, e à fase reprodutiva das pacientes com SUA. Grosso modo, os principais diagnósticos foram: cavidade uterina normal (44,8 por cento), útero miomatoso (26 por cento), sinéquias uterinas (7,2 por cento), e pólipo endometrial (5, 6 por cento). A cervicoscopia revelou anormalidades em l1,2 por cento das pacientes. Vinte e três pacientes (9,2 por cento) foram beneficiadas pela histeroscopia na execuçao do plano terapêutico, sendo a polipectomia (32 por cento), lise de sinéquias (24 por cento), e retirada de DIU (24 por cento), os procedimentos mais realizados. O exame foi prejudicado em 14(5,6 por cento) pacientes por inadequada visibilidade (3,2 por cento), ou insuficiente distensao da cavidade uterina (2,4 por cento). Nossa taxa de 0,4 por cento de complicaçao pelo uso da histeroscopia refere-se a um episódio de perfuraçao uterina.CONCLUSOES:O presente estudo destaca a histeroscopia como recurso de baixa morbidade, e de versátil emprego na investigaçao e terapêutica ginecológica.